MALAGUETA, por Miguel Boieiro

Quem alguma vez entrou no Mercado Municipal de Margão, segunda cidade do pequeno estado de Goa, antiga colónia portuguesa, não deixa de ficar fortemente impressionado com a quantidade e a variedade de pimentos, pimentinhos e pimentões picantes de diversos tamanhos e feitios, empilhados em extensas bancas. Para simplificar, já que, para este cronista, se torna difícil identificá-los corretamente, vamos chamá-los simplesmente de malaguetas, com perdão dos doutos entendidos. Bem sabíamos que a Índia foi, e continua a ser, muito badalada por via das especiarias, em especial a pimenta, mas jamais teríamos imaginado que as malaguetas, nativas das regiões tropicais e subtropicais da América, roubariam ali o lugar cimeiro à, outrora, tão cobiçada pimenta.

Os hindus são ancestrais cultores da gastronomia picante. Nos restaurantes indianos é raro encontrar comidas que não façam “arder” a língua e “chorar” os olhos. Nas farmácias até há comprimidos picantes para aliviar os achaques.

Em todo o mundo há quem não suporte, quem adore e quem seja mesmo viciado em manjares picantes. Alguns gostam só para puxar a pinga a fim de apagar o “fogo”. Tendo degustado saborosos pimentos durante o Caminho Português para Santiago de Compostela, na própria cidade de Padrón, onde nasceu a afamada poetisa Rosalía de Castro, ficámos fã da iguaria que não nos pareceu demasiado pungente. Vai daí, resolvemos comprar plantas da referida espécie para dispor no quintal. Todavia, olvidamos o certeiro dito da língua galega: “Os pementos de Padrón, uns picam e outros non”. Pois saíram umas malaguetas tão picantes, que uma mera pitadinha já era o bastante para adubar os pitéus. Perante a farta colheita, aproveitámos para presentear os amigos apreciadores.

Vamos então dissertar sobre a Capsicum spp., género da família das Solanaceae que agrega inúmeras espécies naturais ou híbridas, sendo a Capsicum annuum e a Capsicum frutescen as mais utilizadas nas gastronomias de todo o mundo. Referiremos só as picantes, conhecidas popularmente como piripiri, jindungo, paprica, tabasco, chili, etc. Atenção que o termo chili não se refere a Chile; provem do idioma “náhuatl”, falado pelos nativos aztecas do México que há milénios já apreciavam o “jalapeño” e outras malaguetas super picantes.

As plantas podem alcançar, em média, 1 metro de altura e possuem caule lenhoso ou semilenhoso algo ramificado. São bienais, perenes, ou somente anuais, se se achar conveniente. As pequenas folhas são verdes, lisas, opostas, pecioladas e geralmente ovais. As flores têm cinco pétalas, são hermafroditas e quase sempre esbranquiçadas.

Quanto aos frutos, que constituem a parte mais interessante, podem ter diversos feitios (veja-se o livro “Spices in the Kitchen” da editora inglesa Hermes House que, em seis atrativas páginas, apresenta mais de trinta imagens coloridas de “Chillies”), são bagas, inicialmente verdes, passando depois a amarelas e por fim a vermelhas. As sementes são brancas e reniformes, estando encerradas no interior oco dos frutos. A faculdade germinativa (dormência) vai de 3 a 4 anos. Acrescente-se que as aves não são afetadas pelos picantes o que facilita a dispersão das plantas.

Constituintes: capsaicina, carotenos, vitaminas C, B1, B2 e PP, potássio, magnésio, cálcio, resquícios de hidratos de carbono e de óleo essencial. A capsaicina é o alcaloide que lhe confere a pungência, ou seja, a ardência da baga. Tal, é medida pela Escala de Scoville que vai de zero a 100 mil, máximo encontrado na espécie habanero.

Acrescente-se que estes pimentos picantes nada têm a ver com a Piper nigrum (pimenta) que é uma trepadeira pertencente à família das Piperaceae, normalmente com menor pungência.

Propriedades medicinais: anti-inflamatória, antioxidante, rubefaciente, revulsiva, analgésica, sedativa, tónica, estimulante do apetite e da secreção dos sucos gástricos. Os especialistas mencionam também que as malaguetas atuam beneficamente nos casos de anorexia, meteorismo, faringite, lombalgia, alopecia, hidropisia, colesterol, depressão e fraqueza.

Provou-se que o organismo humano, em face do concentrado de princípios ativos, com realce para a capsaicina, reage ao calor, libertando endorfinas que causam uma sensação de bem-estar e de felicidade

No entanto, não há bela sem senão e por isso, são também apresentadas contraindicações. Os que sofrem de gastrites, úlceras gastrointestinais e hemorroidal devem reduzir os alimentos picantes. Em doses altas podem surgir diarreias, inflamação do trato intestinal e vómitos. O manuseamento dos pimentos de maior pungência pode causar irritações da pele e das mucosas. Mesmo depois de lavarmos as mãos, não se deve levá-las ao rosto e muito menos esfregar os olhos.

Segundo opinião dos experimentados, beber água ou vinho com o intuito de abrandar o ardor, não resulta. Parece que o melhor antídoto para apagar o “fogo” do estômago é comer pão com manteiga ou deglutir iogurte.

Dezembro de 2022

Miguel Boieiro

Almeirão, por Miguel Boieiro

Quem é da chamada “Zona do Pinhal” (Sardoal, Vila de Rei, Sertã, Oleiros…) está familiarizado com este vegetal que proporciona agradáveis saladas crudívoras. No meu caso, foi através da família da minha esposa, oriunda da citada região, que comecei a apreciar este legume tão salutar e que agora não dispenso. Em traços muito simples, diremos que se trata de uma espécie de alface-brava que é finamente cortada, a que se mistura puré de batata (ou feijão, ou arroz cozidos), cebola e um fio de azeite. É uma salada de primavera que combina muito bem com todos os pratos.

Estamos habituados à classificação científica rigorosa do reino vegetal iniciada por Lineu, embora surjam, por vezes, botânicos discordantes em relação às nomenclaturas. No caso presente, sabe-se que o almeirão pertence ao género Cichorium e à família das Asteraceae, sendo referido em todo o lado como Cichorium intybus. O problema é que esta designação é também dada ao almeirão silvestre, com folhas mais escuras e compridas que cresce à beira dos caminhos, à chicória, de folhas mais recortadas, à endívia, de folhas ovaladas de tom verde pálido, que se desenvolvem subterraneamente, à escarola, ao radicchio de folhas avermelhadas e à chicória (variedade sativum) de cuja raiz se prepara um sucedâneo de café. São, de facto, variedades diferentes da mesma planta. Depois de alguma investigação concluí, salvo melhor opinião, que o almeirão que irei descrever e caracterizar será o Cichorium intybus var. foliosum.

Todas estas espécies são nativas do continente europeu e possuem muitos nomes populares. Para termos uma ideia da sua profusão e da confusão daí reinante, diremos que, só em castelhano, o almeirão tem mais de 50 designações, dependendo das respetivas regiões.

Adiante! O nosso almeirão é uma herbácea perene com folhas basais lanceoladas e levemente dentadas que se parecem com as da alface pela sua cor verde amarelada, mas muito mais rijas e robustas. À medida que se vão cortando as folhas, cresce nova folhagem, o que confere à planta uma produtividade ímpar. A partir da lua de maio o almeirão espiga e deixa de propiciar aproveitamento culinário. Surge então uma haste estriada que pode atingir um metro de altura com folhas caulinares mais pequenas e esparsas, algo leitosas (latex). Nas axilas das folhas nascem capítulos florais de azul intenso, ligulados, com duas filas de pequenas brácteas triangulares. As flores fecham ao pôr-do-sol e reabrem na manhã seguinte, à semelhança de outros vegetais (veja-se, por exemplo, o caso das onagras no meu livro “As Plantas, Nossas Irmãs”, pág. 144 e 145). A raiz é cónica, grossa e pivotante, o que requer solos leves e bem drenados. Os frutos são aquénios encimados por uma coroa de pelos curtos.

As folhas do almeirão, cruas, cozidas ou marinadas constituem um alimento muito nutritivo e saudável. São de baixas calorias e de ação antioxidante que retarda o envelhecimento. Contêm substâncias amargas (intibina), inulina, provitamina A, vitamina C, vitaminas do complexo B, cálcio, potássio, fósforo, magnésio, sódio e ferro.

São muitas as propriedades do almeirão, bem como de todos os “cichórios”: digestivo, colerético (favorece a secreção da bílis), ativante da circulação sanguínea, laxante, vermífugo, diurético, desintoxicante, sedante e antigotoso.

Algumas das virtudes curativas do almeirão eram já conhecidas dos romanos que o utilizavam para tratar distúrbios do fígado. É especialmente indicado para combater a gastroenterite, a anemia, a diabetes, o artritismo, limpar os rins, estimular o baço, corrigir problemas de visão, fortalecer os ossos, os dentes e o cabelo e ativar a função digestiva.

O Dr. Oliveira Feijão na sua “Medicina pelas Plantas” recomenda um xarope confecionado com suco de almeirão e açúcar pilé em partes iguais, fervidos em lume brando, como laxante para se tomar uma a quatro colheres de chá, em jejum.

Por sua vez, o Dr. Pamplona Roger em “A Saúde pelas Plantas Medicinais” prescreve o suco fresco para o fastio e a infusão de 30 g de folhas e raízes num litro de água, para tomar duas chávenas antes das refeições, como simples aperitivo ou depois das principais comidas, como digestivo.

Acabo, no entanto, como comecei. Para mim, o almeirão tem mais interesse na culinária pelo que, firmemente, incentivo o seu uso, tanto mais que, como dizia Hipócrates, o Pai da Medicina: ­ “que o teu medicamento seja o teu alimento e que o teu alimento seja o teu medicamento!”.

Uma precaução final: os almeirões cultivados, incluindo as escarolas, as endívias e as chicórias, são muito menos amargos que os almeirões silvestres, o que não quer dizer que sejam mais saudáveis.

Miguel Boieiro

Lantana, por Miguel Boieiro

Lantana

Convencionou-se que a Terra, ou seja, o planeta onde se desenvolve uma multiplicidade de viventes todos assaz diferentes, surgiu há 4.600 milhões de anos. Não sei como se chegou a esta cifra, mas por agora, isso não interessa. Diz, quem julga saber, que durante 80% desse ciclópico tempo não havia sinais de vida no nosso turbulento planeta. Só a partir da era Fanerozoica, há “apenas” 400 milhões de anos, começaram a aparecer sucessivamente as algas, os líquenes, os pteridófitos, as primeiras plantas vasculares e, muito depois, os animais invertebrados e depois os vertebrados onde se inclui o bicho homem. Se se colocar a existência do planeta à escala de um simples ano, para melhor afinar a nossa compreensão, verificamos que os seres humanos só surgiram a faltar um minuto para as 24 horas do dia 31 de dezembro. Este simples exercício de imaginação leva-nos a refletir sobre a ínfima pequenez dos “reis da criação”, como pomposamente nos intitulamos e da necessidade de nos mantermos humildes perante as manifestações climatéricas e outras que ciclicamente nos vêm atemorizando. É claro que o exercício pode ter erros de alguns, ou de muitos milhões, mas isso não perturba o fundamental da análise.

Aqui chegados, vamos partir para outra conjetura, a do processo evolutivo dos seres vivos. Dado que o Reino da Botânica, leva nesta corrida, em relação ao Reino Animal, uma dianteira de alguns milhões, há que atentar nas complexas transformações sofridas ao longo das infindáveis eras. Imaginemos então as estratégias que cada planta adotou para sobreviver e prolongar a espécie. Imaginemos a grande revolução que foi a descoberta da flor e no contrato tácito firmado com insetos para ajudarem no processo da fecundação. E das flores, deparamos com uma sofisticação sem precedentes, nos coloridos, nas formas, nas texturas, nos aromas.

Esta empolada conversa vai, a propósito ou a despropósito, por mero capricho deste cronista utópico, conduzir-nos às florinhas da lantana, arbusto cientificamente denominado Lantana camara. É que a planta, na sua genial estratégia de sobrevivência, consegue gerar, em simultâneo, panículas florísticas de várias cores e assim atrair diferentes espécies de polinizadores. Espantoso, poucas plantas tinham “pensado”, nisso.

As lantanas são arbustos pertencentes à família das Verbenaceae que agrupa cerca de 100 espécies. São nativas perenes no México e América tropical, naturalizando-se depois em outras regiões na África, Ásia, Austrália e Europa, onde concorrem com as espécies endógenas. Englobam inclusive, a lista mundial das 100 mais importantes espécies exóticas. Na África do Sul chegam a ser proibidas por ameaçar a subsistência da respetiva flora por via ao seu carácter invasor.

Em Portugal, a Lantana camara é considerada uma planta ornamental, sendo usada nos jardins públicos e privados, nas faixas separativas das autoestradas e na formação de cercas divisórias das propriedades. Cresce rapidamente, resiste à seca e adapta-se a vários ecossistemas.

Possui folhas simples, ovaladas, opostas, de textura áspera, com bordos levemente serrados e algo aromáticas. Forma arbustos providos de caules quadrangulares, sarmentosos e muito ramificados.

As flores são pequenas, dispostas em corimbos densos, caracterizando-se, como já se disse, pela existência de cores diversas na mesma unidade. No início são esbranquiçadas, depois amarelas, alaranjadas, rosadas e vermelhas. Podem permanecer vários meses o que ressalta o seu valor ornamental, o qual beneficia com a exposição solar. Os frutos formam bagas, sendo verdes no começo e muito tóxicas. Depois ficam pretas e luzidias atraindo a passarada que faz a dispersão das duas sementes contidas em cada fruto.

A lantana contém alcaloides (lantanina), tanino, resinas, caroteno, antocianinas e óleos essenciais. Contudo, em Portugal não se encontra divulgado qualquer préstimo no tocante à fitoterapia. Após consultarmos alguns compêndios oriundos doutros países, anotámos indicações de medicina popular que, a seguir, damos conta:

A planta, a despeito de conter alguma toxicidade, é apontada como estimulante da atividade física e mental e preventiva de gripes e constipações. É usada a infusão de uma colher das folhas secas fervidas num litro de água. Deixa-se repousar durante 10 minutos. Toma-se uma chávena três ou quatro vezes por dia.

No “Gran diccionario ilustrado de las Plantas Medicinales” do Dr. José Luis Bedonces, à lantana, também conhecida por “bandera española”, talvez devido às proeminentes cores amarelas e vermelhas das flores, são atribuídas acrescidas virtudes fitoterápicas, a saber:

– Decocção das folhas para estimular as digestões pesadas de origem gástrica, intestinal, diurética e sudorífica.

– Banhos com a água da decocção das folhas e flores como remédio para o reumatismo.

– Suco das folhas para aplicar externamente nos casos de herpes e demais feridas cutâneas.

Miguel Boeiro

Congresso Internacional sobre Gestão de Pandemias/Saúde

Realizou-se em Portugal, em Fátima, nos passados dias 28, 29 e 30 de outubro de 2022, o “Congresso Internacional sobre Gestão de Pandemias/Saúde”.

Nas ligações abaixo encontram-se as palestras de vários oradores presentes:

Em português:

Em inglês:

Resiliência

Por José de Sousa

Palestra grátis sobre resiliência, seguida de jantar vegetariano (opcional) com o valor de 8 €. 

Resumo

Pode-se definir a resiliência como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – choque, estresse, etc. – sem entrar em surto psicológico.

Durante cerca de hora e meia, podes aprender a olhar para a tua situação pessoal de outra forma, e a começar a ver possibilidades para além dos problemas em que estás envolvido.

Através dos seus exemplos pessoais e de outros bem mais delicados, José de Sousa vai explorar o que é a resiliência, como podemos encontrar força nas adversidades, e dar algumas dicas e sugestões para aumentar a nossa resiliência – a nossa capacidade de lidar com situações adversas e ultrapassar os obstáculos que temos nas nossas vidas.

Detalhe

Muitas vezes deixamo-nos levar pelas nossas próprias situações pessoais e sentimos que:

  1. a nossa situação é a pior de todas, os nossos problemas são maiores do que os de toda a gente,
  2. tudo á nossa volta não funciona e a cor da nossa situação é negra,
  3. nunca ninguém nos poderá entender,
  4. porque é que só nos acontecem situações negativas na nossa vida
  5. estamos sozinhos a lutar contra todas as adversidades da vida
  6. não temos capacidade de lutar mais e só nos apetece desistir de tudo
  7. estamos sufocados ou bloqueados com a teia de situações em que estamos enrolados

Isso é seguramente verdade, se tudo a que dermos atenção forem (entre outras):

  1. as nossas próprias situações,
  2. os nossos problemas,
  3. pensamentos sobre a incapacidade e escassez de recursos para resolver as questões e os desafios que temos pela frente
  4. pensamentos sobre que estamos realmente sozinhos e que ninguém nos pode ajudar
  5. situações do passado onde tudo correu mal

Ao proceder desta forma, que pode ser a nossa forma habitual de reagir aos problemas e desafios, estamos, sem o saber, a fortalecer grandemente a nossa incapacidade de agir, e a fazer com que nos sintamos cada dia pior, a cada dia que passa parece que os problemas aumentam e tudo o que é mau vem ter connosco.

Só que:

Todos nós temos algo em comum com todas as pessoas e nunca ou quase nunca pensamos sobre isso!

Todas as pessoas já passaram por situações complicadas na sua vida:

  • Ou alguns dos seus pais ou familiares já morreram
  • Ou tiveram uma infância difícil, seja a nível pessoal ou financeiro
  • Ou foram despedidos da empresa onde trabalhavam
  • Ou os seus casamentos ou relações acabaram
  • Ou são filhos de pais separados
  • Ou estão a passar agora por situações desafiantes a nível emocional, de relacionamentos ou financeiro,
  • Ou têm doenças graves ou limitações físicas complicadas
  • Etc.

Como disse Einstein,

“Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando os criámos.

“No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade.”

Em resumo, para que consigamos ver a luz no meio das trevas, nos consigamos erguer e ter energia, motivação e capacidade de enfrentar as situações, é útil treinar a nossa capacidade de sermos resilientes e de resistir, mesmo que estejamos no meio das condições mais adversas que já possamos ter imaginado.

O que é necessário, é que tenhamos consciência de que muitas vezes nos deixamos bloquear pelas situações por pensarmos demasiado nelas, passamos muito tempo na nossa cabeça a imaginar os piores cenários possíveis, e com isso aumentamos exponencialmente as nossas situações de ansiedade, que até pode tornar-se em pânico.

É útil entender que muitas vezes “fazemos” filmes na nossa cabeça, e que isso é natural, é a forma do nosso cérebro e mente funcionarem e nos alertarem para perigos e ameaças que enfrentamos.

Se nos deixarmos levar por isso ou nada fizermos, estamos a prolongar o nosso próprio estado de incapacidade de actuação.

Muitas vezes é preciso parar e encontrarmos forma de aumentar a conexão connosco mesmo, com as pessoas que nos rodeiam, sejam família ou amigos, e com o mundo que nos rodeia.

Há com certeza pelo menos uma solução para os nossos problemas, temos é que passar a pensar mais em soluções e a colocar em prática novas formas de actuar – actuarmos mais uma vez da mesma forma, da nossa forma habitual de lidar com as questões, desafios e problemas não vai ajudar!

Muitas vezes é no silêncio e na imaginação que se encontra a solução.

Citando Einstein novamente:

“Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio – e eis que a verdade se me revela.”

A resiliência vai-nos permitir alterar o nosso paradigma de “Ver para crer” para “Querer para ver”

“Algo só é impossível até que alguém duvide e acabe por provar o contrário.”

Eu acredito que é possível ultrapassar os meus obstáculos e ter uma vida mais feliz, na companhia das pessoas que são importantes para mim.

E tu, atreves-te a duvidar que o que enfrentas não é impossível de se resolver?